Saudações:

Em homenagem e reverência profunda à minha Mestra de Ordenação e Treinamento, Venerável Shingetsu Coen Osho.
Que seu Corpo-Dharma, seja como um diamante inquebrantável.
Que tenha próspera longevidade e saúde ilimitada.
Que nenhum mal a atinja.
Que todos os seus esforços sejam recompensados.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

A Ratoeira


A RATOEIRA


Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um pequeno embrulho. Imediatamente, pensou logo no tipo de comida que poderia haver ali. Ao descobrir que era uma ratoeira ficou aterrorizado. Correu ao pátio da fazenda advertindo a todos:
            "- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa !!! "
            A galinha, disse:
            "- Desculpe-me sr. rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda nem um pouco."
            O rato foi então correndo até o porco e lhe disse:
            "- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira !!!"
            "- Desculpe-me sr. rato, disse o porco, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser rezar. Fique tranqüilo que o senhor será lembrado nas minhas preces."
            O rato dirigiu-se então, desesperado, à vaca.
            Ela lhe disse: O que sr. rato? Uma ratoeira? E eu com isso? Por acaso estou em perigo? Acho que não!"
            Desiludido e morto de medo o rato voltou para a casa, cabisbaixo e abatido, só pensava na horrível ratoeira do fazendeiro.
            Naquela noite ouviu-se um barulho, como o de uma ratoeira pegando sua vítima. Todos ficaram sobressaltados.
            A mulher do fazendeiro correu para ver o que a ratoeira havia pego. No escuro e com sono, ela não percebeu que a ratoeira havia aprisionado a cauda de uma cobra venenosa e não um rato.
            E a cobra picou a mulher...
            O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital. Ela ficou muito mal. O médico recomendou que ela fosse bem alimentada e a mandou de volta para casa alguns dias depois , ainda com febre.
            Todo mundo sabe que para alimentar alguém fraco, doente e com febre, nada melhor que uma canja de galinha. O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal. Matou a galinha.
            Como a doença da mulher continuava, pois a cobra era muito venenosa, os amigos, parentes e vizinhos vieram visitá-la.
            Para alimentá-los o fazendeiro teve que providenciar muita comida, afinal alguns parentes vieram de longe. Matou o porco.
            A mulher não melhorou e acabou morrendo. Muita gente veio para o funeral, foi uma choradeira só, a mulher era muita querida por todos. O fazendeiro teve que arrumar mais comida para alimentar todo aquele povo que não parava de chegar. Sacrificou a vaca.
Nesta mesma noite o rato morreu esmagado na ratoeira que tinha sido montada de novo.

Moral da história: Na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar que o problema não lhe diz respeito, lembre-se:
“Quando há uma ratoeira na casa, toda a fazenda corre risco”. O problema de um, é problema de todos !

Getulio Taigen

Um comentário:

  1. Somos todos interligados em atos, consequências, riscos e em capacidade de evitá-los. Excelente texto!!!

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